“Quando Deus escolhe bocas tímidas para ecoar verdades eternas.”
“O Senhor DEUS me deu uma língua erudita,
para que eu saiba dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado.”
— Isaías 50:4
Por muito tempo, acreditei que o meu dom era pequeno demais.
Achei que minhas palavras não seriam suficientes —
que o que eu tinha pra dizer era simples demais pra tocar corações,
fraco demais para alcançar o Céu.
Mas Deus… ah, Deus tem um jeito curioso de escolher instrumentos.
Ele escolhe bocas tímidas para ecoar verdades eternas.
E mãos trêmulas para escrever mensagens que o mundo precisa ler.
Recentemente, em um congresso de mulheres, ouvi algo que me atravessou a alma
uma confirmação suave do que Ele já havia sussurrado antes:
“O Senhor DEUS me deu uma língua erudita…”
E entendi, enfim, que “eruditas” não eram palavras bonitas,
mas palavras ensinadas — forjadas na intimidade com o Espírito,
moldadas pelo silêncio e pela dor, temperadas pela graça.
Não é sobre saber falar — é sobre deixar Deus falar através de mim.
Não é sobre o tamanho da voz — é sobre o peso da presença que habita nela.
Desde que decidi escrever este blog,
capítulos começaram a brotar em dias,
como flores que se abrem sem pedir permissão.
Textos inteiros que eu sei que não vieram de mim. Vieram do Céu.
Vieram do mesmo Deus que olhou para Jeremias e disse:
“Não digas: Eu sou apenas um menino;
porque a todos a quem te enviar, irás;
e tudo quanto te mandar, falarás.”
— Jeremias 1:6-7
Foi então que eu entendi: o dom se transforma em chamado quando a gente se dispõe.
E a escrita, quando entregue a Deus, deixa de ser vaidade para se tornar altar.
A língua erudita não nasce em quem fala muito, mas em quem ouve bem.
Ser “erudito” nas Escrituras não é sobre saber muito, é sobre sentir certo.
É deixar que o Espírito Santo traduza em palavras o que o coração já aprendeu ajoelhado.
Quantas vezes Deus te usou para consolar alguém
e você nem percebeu que estava sendo uma resposta de oração?
Quantas mensagens, áudios, abraços ou um simples “bom dia”
foram, sem que você soubesse, o bálsamo de Isaías 50:4 na vida de alguém?
Essa é a verdadeira eloquência:
não a que impressiona, mas a que alcança.
Porque o verbo mais bonito é aquele que traz descanso.
E o verdadeiro dom de falar vem de quem aprendeu primeiro a ouvir Aquele que fala em silêncio.
Peça a Deus que afine a sua voz
não para ser a mais alta, mas para ser a mais útil.
Que cada palavra sua seja ponte, não muro;
bálsamo, não lâmina.
E que, quando o cansado cruzar o seu caminho,
encontre em você a boa palavra no tempo certo.
Reflexão Final ✨
Deus não procura vozes perfeitas, mas corações dispostos.
Ele usa os tímidos, os inseguros, os que tremem,
os que acham que não têm nada de especial.
Talvez você ache que suas palavras são simples demais,
mas quando nascem da obediência, elas carregam o poder de transformar destinos.
Abra a boca, escreva, declare
e veja o que o Céu é capaz de fazer através de quem simplesmente diz:
“Eis-me aqui, Senhor.”