“Às vezes, o que parece fim é só um novo começo sendo plantado.”
“Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte:
‘Passa daqui para acolá’, e ele passará. Nada vos será impossível.”
— Mateus 17:20
Ontem, conversando com a minha mãe,
enquanto ela lia alguns capítulos do blog, ela parou naquele sobre os milagres invisíveis
onde falo sobre as vezes em que Deus chega na medida certa,
mesmo quando tudo parece desabar e não enxergamos saída.
E então ela me questionou, com os olhos marejados e o coração apertado:
“Minha filha… onde eu estava quando você passou por tudo isso, que eu não percebi?”
Por um instante, meu coração apertou.
Eu pensei: “Será que estou ferindo quem me ama, enquanto tento curar outras mulheres?”
Mas logo me veio a paz…
Respirei fundo e respondi:
“Mãe, você estava lá.
Vivendo a sua vida, lutando as suas guerras.
E eu… eu só não sabia pedir socorro.”
Porque essa é uma das coisas que Deus tem trabalhado em mim,
essa mania de esconder o caos atrás do sorriso.
De parecer forte o tempo todo.
De carregar o mundo nas costas até desabar em silêncio.
Muita gente à minha volta não viu quando eu estava me afogando.
E não era porque não se importavam…
Era porque eu aprendi a me disfarçar de “tudo bem”.
Hoje eu enxergo…
Quantas vezes eu acreditei ser o fim
mas era só Deus destruindo o castelo de areia que eu insistia em chamar de fortaleza.
Não para provar o Seu poder.
Mas para transformar a minha fé — que era pequena e superficial — em algo vivo, profundo e real.
E na manhã seguinte, ouvindo um podcast sobre a fé do grão de mostarda, eu percebi:
A Bíblia não diz “fé do tamanho de um grão de mostarda”.
Diz “fé como um grão de mostarda”.
E o grão de mostarda é…
Plantado. Enterrado. E esquecido por um tempo.
Mas ele não se desespera.
Ele confia.
Sabe que o escuro da terra não é o fim — é o ventre.
Sabe que o silêncio não é abandono — é preparação.
E acredita que no tempo certo vai brotar, crescer e frutificar.
Talvez Deus tenha me enterrado em algumas fases da vida.
Mas não foi pra me matar.
Foi pra me plantar.
Pra me ensinar que fé não é escapar da cova — é crer que dela nasce vida.
Ainda sou imperfeita, ainda cambaleio, ainda questiono.
Mas hoje sei: cada lágrima que regou o chão do meu deserto
foi preparando o solo para um recomeço.
E esse recomeço tem nome:
Graça.
Mas se hoje você ainda está enterrada, sem entender o porquê do escuro…
Respira!
Deus não te esqueceu aí.
Ele só te plantou mais fundo — porque o fruto que vem de você vai sustentar muitos.
As raízes crescem no silêncio, e o broto nasce quando ninguém mais acredita.
Então, não desista agora.
A terra que hoje te cobre será o mesmo solo que vai te sustentar quando você florescer.
“Aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus.”
— Filipenses 1:6
Exatamente isso, o que parece morte é plantio, tempo de preparo, de germinar com raízes fortes e saudáveis.