Capítulo 3: Quando o céu corrige

O dia em que Deus usou um “não” para me ensinar a florescer.”

 Eu sempre achei que o caminho do sucesso era pavimentado por esforço, disciplina e mérito.
Cresci ouvindo que quem faz tudo certo, colhe o melhor — e acreditei nisso com fé cega.

Até o dia em que tudo desmoronou.
Um feedback duro.
Uma frase curta, mas suficiente pra quebrar minha autoconfiança
e me fazer questionar tudo o que eu era.

“Você não é comercial.”

 Parecia uma sentença.

Lembro de chegar em casa e chorar até faltar ar.
Não era só sobre o trabalho — era sobre identidade, sobre propósito.
Eu me sentia rejeitada, sem chão, sem rumo. 

E foi ali, no meio das lágrimas, que fiz o que talvez tivesse que ter feito desde o início:
Dobrei os joelhos.
Falei com Deus como quem fala com um Pai que ainda acredita em você mesmo quando você duvida.
Pedi perdão pela soberba de achar que podia fazer tudo sozinha.
Pedi direção, propósito, e força pra continuar — se fosse da vontade dEle.

Foram dias de silêncio, orações quebradas, promessas sussurradas entre soluços.
E aos poucos, fui sentindo algo mudar.
Não no cenário. Em mim.

Eu deixei de tentar provar meu valor
e comecei a me permitir ser moldada.
Aprendi que Deus não desperdiça humilhações
Ele as transforma em humildade. 

Um tempo depois, aquele mesmo “não” virou o ponto de partida da maior virada da minha vida.
Fui efetivada, cresci, conquistei, liderei — mas agora, entendendo que nada disso veio da minha força.
Foi graça! Direção e principalmente… misericórdia.

Hoje, quando lembro daquele dia, eu não vejo mais dor — vejo correção.
Porque Deus não destrói para punir.
Ele desmonta pra reconstruir.
E às vezes, o que a gente chama de rejeição, o céu chama de recomeço.

 “Porque o Senhor corrige a quem ama, e castiga a quem aceita como filho.”
— Hebreus 12:6

Reflexão Final ✨️
Às vezes, Deus nos permite ser quebrados não para nos punir, mas para nos tornar sensíveis à Sua voz.
Porque enquanto estamos inteiros demais, achamos que sabemos o caminho.
Mas é no estilhaço que aprendemos a depender.
É no vazio que Ele preenche.
E é nesse chão de dor e fé que Ele planta flores.
Flores que só nascem onde o orgulho morreu e a graça decidiu morar.

Pamela Martins

“Cada testemunho compartilhado aqui conta um pouco de mim e muito de Deus.
Espero que aquilo que um dia me feriu, sirva de cura para quem ler, e que cada palavra escrita com dor, floresça em consolo, esperança e recomeço.”

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