“Porque Deus não espera você estar pronta para fazer nascer as flores — Ele as faz brotar enquanto prepara o seu coração.”
“Eis que estou fazendo uma coisa nova!
Ela já está surgindo; acaso vocês não a percebem?
Até no deserto vou abrir um caminho e rios no ermo.”
— Isaías 43:19
Essa semana eu acordei com meus devocionais, sem imaginar que o Céu me responderia duas vezes na mesma manhã.
Duas palavras, dois toques e dois lembretes de um Deus que sussurra antes mesmo que eu formule a pergunta.
A primeira veio do propósito de 30 dias que eu estava participando: “Vida Abundante, Propósito Eterno.”
O dia 29 falava sobre a próxima estação.
E quando li Isaías 43:19, algo em mim se inclinou para escutar:
“Estou fazendo uma coisa nova — e ela já começou.”
Eu sorri por dentro, porque essa é uma das promessas que mais têm atravessado minha história.
Eu já vi Deus fazer flores nascerem em desertos onde só havia poeira.
Eu já vi rios brotarem onde só havia sequidão.
Eu já vi vida surgir onde eu só enxergava fim.
E enquanto eu pensava nisso, lembrei de uma conversa recente — uma que me marcou fundo.
Eu disse que estava “no processo”, naquela fase em que Deus nos esconde para trabalhar, nos poda para frutificar e nos cala para curar.
E disse que talvez não fosse o momento de me envolver com relacionamentos, projetos ou distrações, porque eu precisava estar 100% disponível para o que Deus está fazendo dentro de mim.
E a pessoa me respondeu com uma frase que ficou reverberando:
“Se você esperar o processo acabar para viver, você nunca vai viver — porque Deus te transforma a vida inteira.”
E eu respirei fundo.
Porque é verdade.
O processo nunca acaba.
A transformação nunca para.
Deus está sempre mexendo, moldando, realinhando, reposicionando.
Às vezes é sutil, às vezes dói, às vezes exige silêncio, às vezes exige coragem.
Mas Ele nunca interrompe a obra que começou.
E foi exatamente aí que a segunda palavra do meu dia chegou — como confirmação, não como coincidência.
“Clame a mim e eu responderei,
e direi a você coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece.”
— Jeremias 33:3
E eu senti Deus costurando os dois versículos dentro de mim.
Nova estação + Clamor = Revelação.
Porque para perceber o novo que Deus está fazendo, eu preciso estar sensível.
Para estar sensível, eu preciso clamar.
E para clamar, eu preciso reconhecer que nada em mim se sustenta sem Ele.
E, no fundo, não estou falando de bênçãos materiais ou grandes conquistas.
Estou falando das coisas insondáveis que só o Espírito revela:
A profundidade da fé.
A cura que vai até a raiz.
A restauração que reescreve memórias.
O pertencimento que tira o rótulo de órfã.
A identidade que Ele devolve.
A intimidade que cresce no secreto.
A alma que Ele reconstrói sem barulho.
E essas duas palavras me encontraram como duas mãos que se entrelaçam.
Uma me dizia: “Eu já comecei o novo.”
A outra me dizia: “Me chame para que você consiga enxergar.”
E juntas elas me lembraram:
A estação não começa quando eu percebo.
A estação começa quando Deus decide.
E Ele decidiu.
O meu papel?
Ficar sensível.
Obedecer o toque.
Discernir o sopro.
Seguir a voz.
E permitir que Ele continue me transformando — não para um fim, mas para um propósito eterno.
Reflexão Final
Se Deus está movendo algo no seu interior, não espere ver tudo claramente para acreditar.
Às vezes Ele faz flores nascerem antes de te avisar que a primavera chegou.
Às vezes Ele abre rios antes de você perceber que tinha sede.
Às vezes Ele já começou a obra, e você só vai notar quando o coração finalmente silenciar.
Clame.
Escute.
Discirna.
E continue caminhando — porque a nova estação não depende da sua prontidão, mas da fidelidade d’Ele.
“O Senhor cumprirá o seu propósito para comigo.”
— Salmos 138:8
